Mal posso esperar para sintonizar a TV na TVE/TV Cultura na próxima segunda-feira, dia 29/10, às 8h30min da manhã. Vai reestrear o programa infantil Vila Sésamo, que fez um sucesso estrondoso em meados década de 70 na televisão brasileira. O programa é uma versão do norte-americano Sesame Street, que está no ar há quase 40 anos ininterruptos nos EUA, atualmente pelo canal público PBS. Pra quem ainda não o conhece, o Vila Sésamo tem como cenário uma pequena rua num centro urbano, em que crianças de todas as raças e "fantoches" convivem e aprendem lições de cunho pré-escolar, como cores, números, musiquinhas, joguinhos...invariavelmente , personalidades como cantores, atores e políticos fazem participações especiais (na foto, a turminha com a cantora Sheryl Crow). A abrangência do programa no país, assim como a unanimidade por pais e professores, que o consideram um produto de excelência em termos de educação pré-escolar, é algo realmente espantoso.
Obviamente, já tinha ouvido falar de Garibaldo e cia através dos meus pais e irmãos, que assistiram (e adoraram) o programa no Brasil. No entanto, eu não era nascida na época em que isso aconteceu, e foi durante meu período como babá de crias americaninhas que pude constatar o porquê desse fenômeno televisivo. Assisti alguns (poucos) episódios em DVD, porque durante a transmissão na TV eu estava sempre trabalhando (7h, hora do café da manhã, maior correria pra arrumar os pestinhas). O que me chamou a atenção é que ele foi o primeiro programa voltado a crianças na fase pré-escolar que assisti e NÃO achei chato - ele não trata as crianças com aquela coisa irritante de "Teletubbies, teletubbies, di-zem OI - OOOOOOOOOOOOIIIIII". É dinâmico, os diálogos são inteligentes e tudo - no visual, no roteiro, no tom de voz dos personagens- estimula as crianças a prestarem atenção. Além disso, ele tem personagens de vários matizes - uma das mais recentes integrantes da turma é Rosita, uma fantoche que fala espanhol - obviamente, o foco voltado às (acredito eu) milhões de crianças de origem hispânica que existem nos EUA. É legal, é divertido, é colorido...
Quem puder, assista. Estou na expectativa de que a produção brasileira seja tão boa quanto a dos gringos (até porque, pela questão dos direitos autorais, as versões têm de seguir um padrão de qualidade imposto pela matriz, à exemplo do que a Disney faz com a distribuição mundial de seus produtos). Vai passar num horário à tarde, também, se não me engano, às 14h30min
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